Tudo sobre o glúten: o que é? Ele faz mal mesmo?

Vale ressaltar que a qualidade das proteínas do glúten não é muito boa, já que carecem de aminoácidos essenciais. Isso não quer dizer que não devemos consumir alimentos que contenham glúten, exceto se sofrermos de algum tipo de intolerância ou sensibilidade a esse componente
Tudo sobre o glúten: o que é? Ele faz mal mesmo?

Última atualização: 11 fevereiro, 2019

O glúten é um componente do trigo e de todas as suas variedades, como o trigo-vermelho, a sêmola ou o kamut, além da cevada, do triticale e do centeio. Ele é composto por um grupo de proteínas como as gluteninas e as gliadinas.

Sua principal função é proporcionar elasticidade e esponjosidade a diferentes alimentos como os bolos ou, principalmente, o pão.

Alimentos que contêm glúten

Como dissemos anteriormente, o glúten é encontrado nos alimentos como o pão, os bolos, biscoitos, além de massas para pizzas, por exemplo.

Graças às suas propriedades como a melhora da textura que produz e à facilidade de isolá-lo ele é muito comum. Podemos encontrá-lo também em alimentos como iogurtes, embutidos, chocolate e inclusive em medicamentos e suplementos alimentares.

Problemas

Como já sabemos, o glúten é formado por um grupo de proteínas. Elas precisam ser digeridas e quebradas em partes muito pequenas. Muitas pessoas têm dificuldade para digerir as proteínas que o compõem, por isso acabam sofrendo de problemas ou de sensibilidade a alimentos que o contêm.

Mulher segurando um pão com a mão na barriga

O que é doença celíaca?

Existem casos de pessoas que têm intolerância permanente ao glúten causada por uma doença genética autoimune, a doença celíaca. Essa doença é caracterizada pela atrofia das vilosidades do intestino e gera uma má absorção dos diferentes nutrientes que ingerimos.

Os sintomas mais comuns são a diarreia, dor e distensão abdominal , deficiências nutricionais, irritabilidade e perda de peso. São considerados celíacos 1% da população, no entanto, acredita-se que muitas pessoas ainda não receberam o diagnóstico dessa doença.

Como se diagnostica a doença celíaca?

Caso você suspeite que sofra de doença celíaca ou de algum tipo de intolerância ao glúten, o primeiro passo é fazer um exame de sangue. Através dele vão ser detectados os anticorpos ou os marcadores do problema.

Depois de fazer o exame, é preciso complementá-lo com uma biopsia da mucosa do intestino delgado; é através dela que serão detectadas atrofias nas vilosidades. Se o resultado for positivo, o tratamento consiste simplesmente em evitar o consumo de todo alimento que contenha glúten.

Doença celíaca ou sensibilidade

Temos que deixar claro que ser celíaco não é a mesma coisa que ter sensibilidade a esse nutriente. Muitas pessoas são sensíveis ao glúten, mas não são celíacas. Esse é o caso das pessoas que se sentem mal quando consomem alguns alimentos e se sentem melhor quando seguem uma dieta sem esse componente.

Os principais sintomas da sensibilidade são a fadiga, as dores nas articulações, a perda de peso ou cãibras. Além disso, é mais difícil diagnosticar a sensibilidade do que a doença celíaca.

Para diagnosticar se a pessoa tem sensibilidade, deve-se fazer um teste retirando alguns alimentos da dieta para ver se os sintomas desaparecem. Se isso acontecer, o glúten é introduzido novamente para observar se acontece uma recaída. Se isso acontecer, é dado o diagnóstico de sensibilidade.

Mulher lendo o pacote da embalagem de biscoito

Alergia

A alergia ao glúten também é uma doença diferente dadoença celíaca ou da sensibilidade. A alergia acontece quando os sintomas aparecem de maneira imediata e muito forte, após o consumo de algum alimento. Os principais sintomas são dor abdominal, diarreia, vômitos ou urticária.

Em suma, o glúten é um componente muito benéfico por conta das propriedades que proporciona, como elasticidade ao pão ou bolos. No entanto, pode provocar diferentes doenças em pessoas com intolerância a esse componente.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.