A carreira do jogador Diego Simeone

Tanto com a seleção argentina quanto com o Aleti, o 'Cholo' deixou uma marca inesquecível. Ele também é bem lembrado em outros clubes, onde atuou como jogador e treinador.
A carreira do jogador Diego Simeone

Última atualização: 22 julho, 2019

Diego Simeone, popularmente conhecido como Cholo, é um símbolo do Atlético de Madrid e uma enorme referência no futebol argentino.

Ele conquistou títulos históricos tanto como jogador quanto no banco, com o seu tão característico estilo nervoso e agitado. Vamos repassar a história de um dos homens mais importantes do futebol espanhol e internacional atualmente.

Diego Simeone como jogador

Seu começo na Argentina

O Cholo teve a sua primeira experiência no futebol profissional no Clube Vélez Sársfield, da Argentina. Ele estreou na equipe principal deste time em 1987, com apenas 17 anos. Ele foi apelidado de Cholito por causa da sua semelhança com Carmelo Simeone, um jogador que atuou nesse clube na década de cinquenta.

Simeone sempre foi um jogador com muita dinâmica, entrega e um excelente jogo aéreo. Embora ele jogasse como meio-campo defensivo, ele sabia se posicionar nas laterais e contribuir para o jogo ofensivo das suas equipes.

De fato, em seus 82 jogos com o Vélez, ele converteu 15 gols, um número mais do que aceitável para um volante. Em quase todas as suas equipes subsequentes, ele conseguiu manter uma média de gols parecida.

Passagem pela Europa

Foi vendido ao Pisa da Itália aos 20 anos de idade. Depois de passar dois anos no clube italiano, o Sevilla FC, comandado pelo argentino Carlos Bilardo, o comprou por pouco mais de 1 milhão de euros.

Ele permaneceu durante dois anos no clube andaluz, onde compartilhou a equipe com Diego Maradona. Suas boas atuações permitiram que ele desse um passo fundamental para carreira.

Diego Simeone como jogador

Imagem: eurosport.com

Provavelmente nem mesmo Simeone poderia imaginar que a sua chegada ao Atlético de Madrid em 1994 em troca de 450 milhões de pesetas — aproximadamente 2,5 milhões de euros atualmente — seria um marco na história do clube colchonero.

Ele havia chegado a um clube que geralmente ficava afundado no meio da tabela de classificação. No entanto, apenas três temporadas foram suficientes para que ele se tornasse um ídolo: ele foi o capitão da equipe campeã da Liga e da Copa do Rei na temporada 1995/1996.

A sua passagem pela Europa continuou na Inter de Milão, onde venceu uma Copa da UEFA, e na Lazio, clube com o qual ele obteve um Scudetto, uma Copa da Itália, uma Supercopa da Itália e uma Supercopa Europeia.

De 2003 a 2005, ele teve uma nova passagem pelo Atlético de Madrid, embora não tenha tido tanto sucesso quanto na anterior. Finalmente, ele jogou durante um ano na Argentina, com a camisa do clube do qual ele sempre foi torcedor confesso: o Racing Club de Avellaneda.

A seleção argentina e Diego Simeone

Desde as equipes de juniores até a principal, Simeone dedicou muitos anos de sua vida à seleção argentina. Mais precisamente, ele fez parte deste time durante 14 anos, jogou 106 jogos — houve um momento em que liderou essa estatística — marcou 11 gols e ganhou 4 títulos:

  • 2 Copas América: em 1991 e 1993.
  • Copa Artemio Franchi.
  • Copa das Confederações 1992.
A seleção argentina e Diego Simeone

Imagem: ESPN.

Além disso, Diego Simeone jogou três Copas do Mundo — EUA 1994, França 1998 e Coreia e Japão 2002 — e ganhou uma medalha de prata nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996.

Diego Simeone, um treinador diferente

Ainda que atualmente ele seja relacionado a um estilo de jogo conservador e defensivo, os seus primórdios na Argentina foram muito diferentes. Sua primeira experiência como treinador foi no seu amado Racing Club, que assumiu poucos dias depois de se aposentar como jogador.

Depois de sair de uma situação comprometedora para conseguir manter a vaga na divisão principal, o Cholo deixou a Academia e se estabeleceu no Estudiantes de La Plata. Juntamente com Juan Sebastián Verón, conseguiu um título local com esse grupo após 23 anos na fila.

Além disso, conseguiu uma vitória histórica no derby da cidade contra o Gimnasia y Esgrima de La Plata, vencendo por 7 a 0 como mandante.

Seu próximo passo foi o River Plate, clube com o qual ele obteve resultados díspares. Primeiramente, recebeu um duro golpe: foi eliminado da Copa Libertadores depois de ter tido dois gols de vantagem e dois homens a mais do que o San Lorenzo.

No entanto, semanas depois, ele se consagrou campeão do torneio argentino. Finalmente, ele deixou a equipe antes do final do ano, em um torneio no qual o River iria terminar em último pela primeira vez na sua história.

Sua etapa na Argentina terminou com uma breve passagem pelo San Lorenzo de Almagro —2009/2010 — e um retorno ao Racing, onde também não obteve grandes resultados.

Entre um clube e outro, ele também teve uma passagem bastante curta pelo italiano Catania, que ele salvou do rebaixamento na temporada 2010/2011.

Chegada ao Aleti e o começo de uma era de ouro

Em 2011, novamente com um Atlético que não conseguia boas atuações na liga espanhola, Simeone voltou a desembarcar no Vicente Calderón. Dessa vez, ele estava chegando como diretor técnico.

Diego Simeone, um treinador diferente

Imagem: Antena 2.

Desde então, o clube vem vivendo uma de suas fases mais gloriosas. Não apenas conseguiu entrar na briga bilateral entre Barcelona e Real Madrid, como ainda conseguiu ficar com o título local na temporada 2013/2014.

Nesse mesmo ano, o Aleti disputou a final da UEFA Champions League contra nada mais nada menos do que o seu eterno rival. Apesar de estar em vantagem durante quase toda a partida, Sérgio Ramos conseguiu empatar na última hora e, já na prorrogação, os merengues conseguiram a vitória por 4 a 1.

De qualquer forma, isso não ofuscou a campanha histórica, que teria uma revanche na temporada 2015/2016. Os clubes de Madri se encontraram novamente no Giuseppe Meazza, em Milão. Novamente, os comandados de Simeone sucumbiram contra o Real Madrid, desta vez nos pênaltis.

Por tudo isso e também pela sua mentalidade vencedora e seu desejo de superação, Diego Simeone é e sempre será uma figura eterna, não só do Atlético de Madrid, mas também do futebol espanhol e argentino. Felizmente, ainda temos muito Cholo para admirar durante alguns anos.


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