David Ferrer: a aposentadoria de um símbolo do tênis

Pelos seus títulos individuais e pela sua valiosa contribuição para a conquista de três Copas Davis pela equipe espanhola, David Ferrer é considerado uma das referências do esporte na última década. Chegou a hora da sua despedida das quadras profissionais.
David Ferrer: a aposentadoria de um símbolo do tênis

Última atualização: 18 abril, 2020

O Masters 1000 de Madri de 2019 será lembrado não apenas como mais um torneio, mas como a última apresentação de David Ferrer. Esse ex-tenista espanhol conseguiu pertencer à elite desse esporte durante muitas temporadas. Agora, aos 37 anos, ele deixou as quadras. Vamos rever a sua carreira.

A aposentadoria geralmente é um momento complicado para um atleta. David Ferrer, o protagonista deste artigo, escolheu o torneio de Madri para se despedir estando em casa. 

E ele esteve muito à vontade: o carinho do público pôde ser visto durante as suas duas apresentações no evento, incluindo a cerimônia preparada para a ocasião.

Ao longo de vários anos, o atleta de Alicante, na Espanha, conquistou o respeito de seus colegas, dos especialistas e do público em geral. Vamos rever em detalhes como foi a carreira de ‘Ferru’.

Início da sua carreira profissional

O ano de 2000 marcou o início da carreira profissional de David Ferrer. No seu primeiro ano, ele terminou na 209° posição do ranking mundial da ATP. Sua primeira consagração foi em Bucareste, em 2002, com apenas 20 anos de idade. Além disso, naquele ano, ele chegou a uma final da ATP (Umag) e venceu três challenger.

Desde o início, Ferrer se destacou nas quadras de saibro, assim como outros tenistas espanhóis, tais como Carlos Moyá e Rafael Nadal. Ele se distinguia por um estilo batalhador e combativo. Ele tinha uma resistência que o levava a disputar pontos muito longos e difíceis de serem definidos pelos seus rivais.

Mais tarde, em 2005, David Ferrer conseguiu ficar entre os oito primeiros de Roland Garros. Essa foi a sua estreia no pelotão dos melhores do mundo.

David Ferrer

Dois anos depois, em 2007, ele confirmou as previsões sobre o seu talento chegando à semifinal do US Open, o último grand slam do ano, e do Masters de Shanghai, onde caiu na final contra Roger Federer.

Já em 2009, ele terminou a temporada entre os vinte melhores jogadores do mundo pela quinta vez consecutiva. Além disso, ele também era frequentador assíduo das fases finais dos torneios que disputava.

Em uma época na qual os ‘quatro fantásticos’ (Nadal, Federer, Djokovic e Murray) deixavam todos deslumbrados, o jogador de Jávea sempre foi um obstáculo muito difícil de ser superado.  

O ponto alto da carreira de David Ferrer

Os números de David Ferrer após a sua aposentadoria deixam pouco espaço para discussão: ele ganhou 27 títulos da ATP, foi finalista em Roland Garros e no Masters de 2007, ganhou três Copas Davis com o seu país e, como se isso não bastasse, conseguiu ficar entre os três primeiros no ranking mundial.

Esse foi precisamente o ápice de sua carreira, em 8 de julho de 2013, depois que Roger Federer caiu em Wimbledon e não conseguiu defender os pontos do ano anterior. Apesar de apresentar uma certa irregularidade até o final daquele ano, ‘Ferru’ terminou a temporada no terceiro lugar.

Anteriormente, na final de Sevilha 2011 da Copa Davis, ele jogou aquele que, na sua opinião, foi o melhor jogo de sua carreira. Ele aconteceu em uma maratona contra Del Potro, em uma série na qual a Espanha acabaria vencendo a Argentina.

O seu último ano

Seu último jogo terminou em 6-4 e 6-1 para o alemão Alexander Zverev na segunda rodada do Masters de Madri. Curiosamente, apenas um mês antes, no Masters de Miami, o espanhol alcançou o que seria a sua última grande conquista: ele derrotou Zverev em incríveis 2-6, 7-5 e 6-3.

David Ferrer

Essa foi uma noite especial não só por causa do resultado: Ferrer não vencia um top 5 desde 2015, quando venceu Nishikori. 

Além disso, ele só participou do torneio em terras americanas por causa de um convite especial dos organizadores. O seu calendário para 2019 incluía apenas os torneios de Auckland, Buenos Aires, Acapulco, Barcelona e Madri.

Em suma, é impossível negar que ele foi um dos ícones do tênis da última década, quando se aposentou. David Ferrer deixou as quadras profissionais com um histórico invejável: 734 vitórias e 377 derrotas.

Além do seu valor como atleta, o que muitas pessoas também destacam é o seu companheirismo e valor como pessoa. Por isso, na cerimônia de despedida, estiveram presentes os melhores expoentes do tênis mundial: Nadal, Federer, Marin Cilic, Kei Nishikori, Juan Martín del Potro e o histórico Manolo Santana.


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