A sensibilidade emocional ao longo da vida

Se algo caracteriza o ser humano, é a constante mudança. Em maior ou menor medida sempre estamos evoluindo ou retrocedendo em algum aspecto, dependendo das circunstâncias. Nesse sentido, a sensibilidade emocional não é uma exceção.
A sensibilidade emocional ao longo da vida

Última atualização: 21 fevereiro, 2020

A sensibilidade emocional se define como a faculdade de sentir emoções, como podem ser a empatia ou a ternura e inclusive o ódio ou os ciúmes. De acordo com a biologia, a sensibilidade é a percepção de estímulos internos e externos que afetam o sujeito que os percebe.

Esse contexto faz com que emerjam algumas emoções concretas dependendo de quais estímulos provocaram o resultado emocional. Isso, então, provoca na pessoa um estado de humor específico. A mente, como sempre, ocupa um lugar predominante no ser humano e, por isso, devemos analisá-la.

Diferença entre sensibilidade e hipersensibilidade

Devemos destacar que uma pessoa com sensibilidade emocional pode ter um dom muito positivo. Isso porque identificar com especificidade uma série de sensações, seja por um filme motivador, seja por uma leitura romântica, promove consequências muito positivas para a saúde mental.

No entanto, uma pessoa hipersensível no que se refere às suas emoções poderia chegar a conclusões equivocadas em relação a estímulos do exterior, imaginando atitudes que não correspondem com o que foi recebido de forma sensorial.

Por exemplo, poderíamos pensar que um indivíduo está nos desafiando com o seu olhar, quando, na verdade, ele não dispõe de boa visão e, por isso, franze o cenho e encolhe as pálpebras.

Para pessoas com tais características, é recomendada uma autoanálise pessoal e das circunstâncias para, assim, chegar a conclusões lógicas sobre a percepção.

A sensibilidade emocional varia?

Definitivamente sim. A cada experiência nova, cada visita a um especialista em psicologia, ao empreender em um novo trabalho ou ao mudar de cidade ou qualquer outro evento novo. A nossa percepção da realidade e as correspondentes respostas emocionais variam.

O que diz a ciência?

De acordo com um compêndio de estudos da Universidade de Aveiro em Portugal, foi tão complexo catalogar todas as dimensões analisadas que ainda não há dados totalmente esclarecedores sobre o assunto.

A sensibilidade emocional muda ao longo da vida

Quando falamos da mente, temos que falar com muito cuidado, pois ela é um ente extremamente difícil de ser entendido em sua plenitude. Em tal estudo, foram catalogados aspectos como:

  • Autocontrole: capacidade de dominar as próprias emoções.
  • Satisfação da vida do sujeito: capacidade de ser feliz em diversas circunstâncias.
  • Compreensão das próprias emoções: baseada na análise de processos intrínsecos.
  • Percepção das emoções alheias: focada na análise de estímulos externos.
  • Sensibilidade emocional: foi o primeiro objeto de estudo da pesquisa.
  • Empatia: participação afetiva nos sentimentos ou nas circunstâncias que outra pessoa atravessa.

Resultados e discussão sobre a sensibilidade emocional

Embora haja ainda muitas coisas para estudar sobre o tema, chegou-se a conclusões importantes. A principal é que as dimensões analisadas eram correspondentes entre si. Dessa forma, um sujeito com alto nível de autocontrole mostrava uma alta capacidade de ser feliz.

Pelo contrário, um sujeito que não compreendia 100% as emoções alheias também não compreendia as próprias. Então, a pergunta que fazemos para vocês é: as pessoas que usam um raciocínio lógico em cada processo da sua vida possuem um controle total das suas respostas correspondentes? Certamente sim.

A educação emocional é a chave

Uma pessoa pode ser muito sensível a muitos aspectos do exterior. Entretanto, se ela for capaz de abordá-los com serenidade e uso da razão, não terá problemas para enfrentar qualquer situação negativa da vida. O autocontrole e a autogestão são primordiais para levar uma vida harmônica e centrada.

Emoção contra razão

Não se deve esquecer que todo processo, em sua justa medida, é um fator competitivo. Desse modo, a sensibilidade emocional controlada é um recurso estupendo para a totalidade da vida.

A sensibilidade emocional muda ao longo da vida

No entanto, dar vazão para as nossas emoções em toda situação, sem utilizar a cabeça, poderia nos levar a cometer erros, muitos deles sem retorno.

Sensibilidade emocional: é bom se deixar ser ajudado

Ninguém tem a necessidade de enfrentar uma dificuldade sozinho. Todos possuem recursos pessoais, sejam eles esportivos e de lazer ou de saúde, como, por exemplo, as técnicas de meditação ou as artes marciais.

Esses recursos podem ajudar a aperfeiçoar a ética na hora de agir. A cooperação é a base do avanço e, por isso, devemos implementar qualquer recurso para a melhora coletiva e pessoal.

Outra alternativa são os profissionais da psicologia, aqueles que vão ser um guia para enfrentar problemas estruturais de conduta, se for necessário.

Para finalizar, destacamos o fato de que sempre será positivo se autoanalisar e detectar as próprias carências para abordá-las e melhorar integralmente como pessoa.


Todas as fontes citadas foram minuciosamente revisadas por nossa equipe para garantir sua qualidade, confiabilidade, atualidade e validade. A bibliografia deste artigo foi considerada confiável e precisa academicamente ou cientificamente.


  • Kaufman, A., & Kaufman, J. (2001). Emotional intelligence as an aspect of general intelligence: what would David Wechsler say? Emotion,1(3), 258-264.
  • Salovey, P., Mayer, J., & Caruso, D. (2002b). Th of emotional intelligence. In C. Snyder &
    handbook of positive psychology (pp. 159-1 Oxford University Press
  • Mayer, J., Salovey, P., & Caruso, D. (1997). The emotional IQ test [CD- Rom]. Needhsam, MA, USA: Virtual Knowledge.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.