Como prevenir os espasmos musculares?

Os espasmos cursam com dor, limitação dos movimentos e outros sintomas que limitam o dia a dia das pessoas afetadas por eles. É possível evitá-los?
Como prevenir os espasmos musculares?

Última atualização: 27 dezembro, 2020

Os espasmos musculares podem representar uma séria dificuldade para uma pessoa executar as suas atividades diárias. A dificuldade de movimentação, a dor e a fadiga estão entre os principais problemas que causam os espasmos.

Por isso, é importante saber como preveni-los para não perder a autonomia ou, pelo menos, para limitar os seus efeitos.

Espasmos musculares

Os espasmos musculares são distúrbios que cursam com um aumento anormal do tônus ​​muscular, ou seja, da tensão exercida pelos músculos. Para levar uma vida normal, precisamos que todos os músculos tenham a quantidade certa de tensão para executarmos qualquer movimento.

Por exemplo, para pegar um copo d’água, precisamos das contrações dos seguintes músculos:

  • Dos músculos do ombro, para manter essa articulação no lugar.
  • Dos músculos paravertebrais contralaterais, para atuar como contrapeso e manter o corpo reto.
  • Do tríceps, para alongar o braço, e do bíceps, para depois trazê-lo de volta.
  • Dos músculos do antebraço, para pegar o copo.

No entanto, não só é preciso que todos esses músculos funcionem adequadamente em harmonia, como também é preciso que os outros músculos relaxem para permitir que os primeiros executem o movimento.

Se houver espasmos em qualquer grupo muscular, essa cadeia se rompe e, assim, não é possível executar o movimento corretamente. Por isso a importância de prevenir esse problema o máximo possível.

Sintomas

Entre os sintomas mais comuns dos espasmos musculares estão a rigidez e o cansaço muscular, os movimentos musculares incontroláveis, as contraturas e a dor. Também podem aparecer reflexos tendinosos exagerados, uma vez que há uma tensão anormal.

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Como evitá-los

Existem algumas dicas que podemos seguir no dia a dia para evitar os espasmos musculares. Elas são as seguintes:

  • Evitar situações de calor ou frio excessivo. Os músculos são muito sensíveis à temperatura ambiente, com diversos efeitos. Pedir que trabalhem adequadamente em situações extremas não é aconselhável.
  • Conter os níveis de estresse, já que podem levar a um desequilíbrio químico no organismo.
  • Tratar infecções urinárias o mais rápido possível. Essas infecções podem causar espasmos na bexiga ou nos músculos abdominais.
  • Cuidar da postura corporal. Uma postura incorreta mantida durante longas horas faz com que certos músculos funcionem mal e sofram como resultado disso.
  • Descansar o suficiente. Ou seja, dormir durante as horas necessárias, bem como evitar exercícios físicos excessivos.
  • Cuidar da alimentação e beber bastante água. É importante manter uma dieta balanceada para que os músculos tenham as substâncias de que precisam para se contrair e relaxar adequadamente.
  • Exercícios e alongamentos. Um fisioterapeuta poderá indicar os exercícios e alongamentos apropriados para os músculos afetados. Além disso, também é importante manter um estilo de vida ativo, ou seja, evitar o sedentarismo e praticar exercícios aeróbicos.

Todos esses fatores podem ajudar a prevenir os espasmos. Se não forem tratados a tempo, os espasmos podem se transformar em contraturas, patologias de tecidos moles, deformidades ósseas, entre outras condições mais complicadas.

Uma nota sobre a espasticidade

Exceto em um contexto esportivo ou do dia a dia, a espasticidade geralmente aparece de forma severa em casos de danos às células nervosas da medula espinhal ou do cérebro. Ou seja, como um sintoma em casos de esclerose múltipla, paralisia cerebral, esclerose lateral amiotrófica, etc.

Nessas circunstâncias, pode não ser possível prevenir a espasticidade. No entanto, seguir as dicas mencionadas acima ajudará a limitar o seu impacto ou a controlar o seu aparecimento, na medida do possível.

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Para esses casos, e em outros que geralmente são graves, também existem vários medicamentos que ajudam a tratar os espasmos. Para as situações mais extremas em pacientes com as doenças acima, pode ser necessária uma cirurgia para relaxar os músculos.

Mesmo com tudo o que foi dito acima, um estudo publicado pela Brain Injury afirma que não existe um tratamento específico perfeito para a espasticidade.

Espasmos musculares: limitantes e problemáticos

Diante do exposto, é possível concluir que é fundamental limitar o aparecimento dos espasmos musculares, tanto quanto possível. Para isso, faça exercícios, porém sem exagerar, alongue os músculos com frequência, cuide da sua alimentação e beba bastante água. Além disso, tente evitar situações de estresse.

Tanto com patologias subjacentes graves quanto sem elas, essas dicas vão te ajudar a minimizar ou prevenir diretamente o desconforto causado pelos espasmos musculares. O seu corpo vai te agradecer!


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